
Sobrevoando a luz da lua
Procurando uma infinidade
De curiosidades sem cura
Deslizando entre as curvas
Na monotonia do cair da chuva
Eu segui do fio a luz
De encontro ao luar
E encontrei as pernas
Desamarradas ao chão
Atei o belo seio a sombra
E joguei desfiladeiro abaixo
E assim se realizou a mágica
De fé diante dos meus olhos
O que era cinza e desgraçado
Desabrochou como uma lótus
Que na água se abre ao sagrado
E em todos momentos encontrei
O motivo e o caminho do ser rei
Na bruma que alumia a alvorada
Sem pertencer ou dominar
A casa que de direito é reino
Dos sem leito que moram no ar