domingo, 22 de agosto de 2010

Minha alma se silencia... num embalo sereno a contemplar as pequenas espumas que se permitem alcançar o final da onda.
Mesmo porque hoje é um dia ensolarado de ares aconchegados e despreocupadamente satisfeitos.
Distantes os dias em que o mar entregue as paixões do vento se faz uma explosão de ardores a se espatifarem na insolidez da procura... na insensatez da ausência.
Vou catar as conchas e estrelas caídas na encosta do rochedo... Vou pedir para que elas manifestem em seu aroma...os sonhos e os anseios dos enamorados ....que pela benção dos céus ou a sorte do mar... puderam ter a graça de a pés descalços entre as espumas e a areia, encontrar a plenitude do ritmo certo entre o andar e o contemplar.
Vou enfeitar o meu aquário com pulseiras e colares feitos daquilo que o mar trouxer para mim.
E das estrelas caídas que riscarem o céu vou deixar que conduzam a minha fé para onde bem entenderem, porque elas sabem se desviar dos buracos negros reluzentes como ouro.
De ouro minha alma não vive, ela vive de sorrisos, ela vive de compreensão... ela vive de amor.

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